Todo indivíduo
necessariamente trabalha no sentido de fazer com que o rendimento anual da
sociedade seja o maior possível. Na verdade, ele geralmente não tem intenção de
promover o interesse público, nem sabe o quanto o promove. Ao preferir dar
sustento mais à atividade doméstica que à exterior, ele tem em vista apenas sua
própria segurança; e, ao dirigir essa atividade de maneira que sua produção
seja de maior valor possível, ele tem em vista apenas seu próprio lucro, e
neste caso, como em muitos outros, ele é guiado por uma mão invisível a
promover um fim que não fazia parte de sua intenção. E o fato de este fim não
fazer parte de sua intenção nem sempre é o pior para a sociedade. Ao buscar seu
próprio interesse, frequentemente ele promove o da sociedade de maneira mais
eficiente do que quando realmente tem a intenção de promovê-lo. Adam Smith -
Livro: A Riqueza das Nações.
Não! O Brasil não vai mudar com essa onda LEGÍTIMA de protestos que mostra o descontentamento e a vontade de mudança do povo brasileiro. O que vai acontecer é que no próximo ano eleitoral vai surgir um monte de candidatos políticos com propostas de maior regulamentação e subsídios às empresas de ônibus, criando assim mais oligopólio, lobby e cartéis. A crítica da mobilização popular está correta, e eu sinto na pele o que é a precariedade do transporte público no Brasil: todos os dias eu embarco em um metrô administrado pelo Estado que dá raiva, muita raiva. O problema é que nós estamos propondo a solução errada: completa estatização do setor quando na verdade a solução é o livre mercado. Os protestos deveriam ser pela implantação do livre mercado no setor.
Não! O Brasil não vai mudar com essa onda LEGÍTIMA de protestos que mostra o descontentamento e a vontade de mudança do povo brasileiro. O que vai acontecer é que no próximo ano eleitoral vai surgir um monte de candidatos políticos com propostas de maior regulamentação e subsídios às empresas de ônibus, criando assim mais oligopólio, lobby e cartéis. A crítica da mobilização popular está correta, e eu sinto na pele o que é a precariedade do transporte público no Brasil: todos os dias eu embarco em um metrô administrado pelo Estado que dá raiva, muita raiva. O problema é que nós estamos propondo a solução errada: completa estatização do setor quando na verdade a solução é o livre mercado. Os protestos deveriam ser pela implantação do livre mercado no setor.
É claro e evidente que quando se
tem liberdade de empreendimento em qualquer setor, a oferta aumenta e se esta
aumenta, os preços caem. Um dos maiores custos para o setor do transporte é o
combustível. Combustível aliás que é administrado e quase que monopolizado pela
PETROBRAS, empresa estatal administrada pelo governo que coloca mais de
50% de impostos para cima dos consumidores. Não adianta pichar nas paredes
''morte ao capitalismo'' enquanto o sistema de transportes público no Brasil
não tem nada de capitalismo. Você já parou pra pensar na hipótese de melhorar o
transporte público oferecendo o serviço? Você vai se deparar com inúmeras
normas, regras e taxas que ou se tem muito dinheiro para ir a frente com o seu
projeto ou se compra favores burocratas. Não é muito difícil olhar para o
sistema e ver que a segunda opção é o caminho mais fácil. Ora, a aliança entre
Estado e empresas é capitalismo?
Mas é claro, como dizem os
manifestantes, não é só pelo transporte público. É pelo sistema de saúde, pelo
sistema de educação e segurança pública. Esses também são outros problemas
graves da sociedade brasileira. Faço a mesma pergunta: se você então criasse
uma empresa na área da saúde ou da educação para levar um serviço de qualidade às
pessoas, ainda que não tivesse fins lucrativos seria viável? Obviamente que
não! E pelos mesmos motivos: taxas abusivas, regulamentações inúteis, idiotas e
alta burocracia aplicadas desde o governo municipal até a esfera federal. Você
já parou pra pensar que o governo não permite que indivíduos da própria
sociedade resolva os problemas sociais?
Talvez você agora entenda o
motivo das regulamentações em determinados setores chamados de estratégicos
pelo governo. É um conluio entre empresas corporativistas e Estado para que
outros indivíduos não tenham mecanismos para competir com os corporativistas
que assim podem levar um serviço ruim à população, sem se preocupar nem um
pouco em perder mercado. O livre mercado, por definição e por lógica, determina
que aqueles que levam serviços bons e baratos lucram e continuam no mercado
enquanto os prestadores de serviços ruins são descartados pelos próprios
consumidores. É isso mesmo, os consumidores em um modelo de livre mercado têm o
poder de escolha nas mãos e por isso escolhem o que é melhor para si mesmo.