segunda-feira, 17 de junho de 2013

TRANSPORTES, EDUCAÇÃO, SAÚDE E SEGURANÇA: O Livre mercado e sua lógica para resolver os problemas da sociedade.



Todo indivíduo necessariamente trabalha no sentido de fazer com que o rendimento anual da sociedade seja o maior possível. Na verdade, ele geralmente não tem intenção de promover o interesse público, nem sabe o quanto o promove. Ao preferir dar sustento mais à atividade doméstica que à exterior, ele tem em vista apenas sua própria segurança; e, ao dirigir essa atividade de maneira que sua produção seja de maior valor possível, ele tem em vista apenas seu próprio lucro, e neste caso, como em muitos outros, ele é guiado por uma mão invisível a promover um fim que não fazia parte de sua intenção. E o fato de este fim não fazer parte de sua intenção nem sempre é o pior para a sociedade. Ao buscar seu próprio interesse, frequentemente ele promove o da sociedade de maneira mais eficiente do que quando realmente tem a intenção de promovê-lo. Adam Smith - Livro: A Riqueza das Nações.

Não! O Brasil não vai mudar com essa onda LEGÍTIMA de protestos que mostra o descontentamento e a vontade de mudança do povo brasileiro. O que vai acontecer é que no próximo ano eleitoral vai surgir um monte de candidatos políticos com propostas de maior regulamentação e subsídios às empresas de ônibus, criando assim mais oligopólio, lobby e cartéis.  A crítica da mobilização popular está correta, e eu sinto na pele o que é a precariedade do transporte público no Brasil: todos os dias eu embarco em um metrô administrado pelo Estado que dá raiva, muita raiva. O problema é que nós estamos propondo a solução errada: completa estatização do setor quando na verdade a solução é o livre mercado. Os protestos deveriam ser pela implantação do livre mercado no setor.

É claro e evidente que quando se tem liberdade de empreendimento em qualquer setor, a oferta aumenta e se esta aumenta, os preços caem. Um dos maiores custos para o setor do transporte é o combustível. Combustível aliás que é administrado e quase que monopolizado pela PETROBRAS, empresa estatal administrada pelo governo que coloca mais de 50% de impostos para cima dos consumidores. Não adianta pichar nas paredes ''morte ao capitalismo'' enquanto o sistema de transportes público no Brasil não tem nada de capitalismo. Você já parou pra pensar na hipótese de melhorar o transporte público oferecendo o serviço? Você vai se deparar com inúmeras normas, regras e taxas que ou se tem muito dinheiro para ir a frente com o seu projeto ou se compra favores burocratas. Não é muito difícil olhar para o sistema e ver que a segunda opção é o caminho mais fácil. Ora, a aliança entre Estado e empresas é capitalismo?

Mas é claro, como dizem os manifestantes, não é só pelo transporte público. É pelo sistema de saúde, pelo sistema de educação e segurança pública. Esses também são outros problemas graves da sociedade brasileira. Faço a mesma pergunta: se você então criasse uma empresa na área da saúde ou da educação para levar um serviço de qualidade às pessoas, ainda que não tivesse fins lucrativos seria viável? Obviamente que não! E pelos mesmos motivos: taxas abusivas, regulamentações inúteis, idiotas e alta burocracia aplicadas desde o governo municipal até a esfera federal. Você já parou pra pensar que o governo não permite que indivíduos da própria sociedade resolva os problemas sociais?

Talvez você agora entenda o motivo das regulamentações em determinados setores chamados de estratégicos pelo governo. É um conluio entre empresas corporativistas e Estado para que outros indivíduos não tenham mecanismos para competir com os corporativistas que assim podem levar um serviço ruim à população, sem se preocupar nem um pouco em perder mercado. O livre mercado, por definição e por lógica, determina que aqueles que levam serviços bons e baratos lucram e continuam no mercado enquanto os prestadores de serviços ruins são descartados pelos próprios consumidores. É isso mesmo, os consumidores em um modelo de livre mercado têm o poder de escolha nas mãos e por isso escolhem o que é melhor para si mesmo.

Não existe outra solução viável para o sistema de transportes público, saúde e educação a não ser o livre mercado. É necessário que se tome medidas para implantação da retirada da interferência dos governos quanto ao setor de transportes. É necessário também que se excluam todas as regulamentações para aqueles que querem empreender nas áreas de saúde e educação. E mais importante do que isso, é a redução exponencial das tributações nessas áreas para que assim se torne mais acessível a educação, o transporte, a saúde e a segurança privada que também sofre dos mesmos corporativismos políticos e que impede que indivíduos de alta capacidade possam proteger ruas, bairros e pessoas dos quais os próprios moradores contratariam. Portanto, deixo uma solução de mais mercado e menos governo como fórmula ideal para a resolução dos problemas sociais a curto, médio e longo prazo.

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